segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Coisas de escola

Dizem que a primeira professora a gente nunca esquece, mas eu quase não lembro da minha. Mas a segunda, essa não sai da minha mente e coração. Vírgínia. Era esse o seu nome.
Ela foi a minha professora maluquinha, sempre lembro dela levando muita alegria para a sala de aula e tornando nossas aulas a mais prazerosa de todas. Além disso, dividindo com todos os doces que comprava, nos dias em que não havia merenda na escola.
Mas o que mais está fixo em minha memória é algo que eu não sei se é real e se faz parte da imaginação da minha infância. 
Eu fecho os olhos e parece que volto ao tempo de 1978 ou 1979, não sei ao certo. Nossa professora dando aula pra gente com toda empolgação que sempre teve, quando de repente surge dentro sala, trazida pelo vento, que atravessa nossas janelas, a canção tocada em algum rádio de nosso bairro,  "Casinha Branca". Nossa amada professora simplesmente congelava e ficava ouvindo, curtindo e sonhando com bela música que era grande sucesso nesta época. E todos nós, alunos, parávamos nossas atividades e ficávamos ouvindo a mesma música e viajando nos pensamentos dela.
Se realmente isso acontecia, eu não posso garantir só sei que esta música faz parte da minha vida desde a minha infância e ela tem sido o meu sonho, meu desejo, minha realidade e minha volta ao passado.  
Se você não conhece te convido a ler esta belíssima letra, se desejar pode ouví-la também:  https://www.youtube.com/watch?v=NxAQiSzLREI
Casinha Branca (Gilson)
Eu tenho andado tão sozinho ultimamente/Que não vejo em minha frente/Nada que me dê prazer/Sinto cada vez mais longe a felicidade/Vendo em minha mocidade/Tanto sonho a perecer
Eu queria ter na vida simplesmente/Um lugar de mato verde/Pra plantar e pra colher/Ter uma casinha branca de varanda/Um quintal e uma janela/Para ver o sol nascer
Às vezes saio a caminhar pela cidade/À procura de amizades/Vou seguindo a multidão/Mas eu me retraio olhando em cada rosto/Cada um tem seu mistério/Seu sofrer,sua ilusão

Eu queria ter na vida simplesmente/Um lugar de mato verde/Pra plantar e pra colher/Ter uma casinha branca de varanda/Um quintal e uma janela/Para ver o sol nascer

Um beijo com gosto de saudade


Débora José Rodrigues

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