segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Porom pom pom

Certa vez na porta da Igreja Batista do Sapê, após eu ter pregado, eu estava com o pastor cumprimentando as pessoas. Uma jovem senhora, que estava com suas duas filhas, se me recordo direito, foi visitar a nossa igreja pela primeira vez a convite de seu pai, que na época era membro de nossa igreja.
Ela parou na minha frente e me fez duas perguntas:
- Você era da Igreja do Largo ? (entenda-se PIB em Pendotiba) 
- Sim.
- Você trabalhava com crianças na EBF? (Escola Bíblica de Férias).
- Sim.  
Assim que eu respondi essas duas perguntas, ela imediatamente pegou na minha mão e ali mesmo na porta da igreja começou a cantar e a fazer os gestos dessa canção infantil ( se você conhece, pode cantar e fazer os gestos também, kkkkkk):
"Quando você, porom pom pom. 
Se sentir sozinho, você porom pom pom.
Não estará sozinho porque, porom pom pom.
O Senhor está com você. Porom pom pom."
E eu fiquei ali apertando a sua mão, acompanhando os gestos, sem graça, na porta da igreja, pessoas em volta, vendo àquela cena infantil, singela e pura, entre aquela jovem senhora, com suas duas filhas e eu. 
Quando ela acabou de cantar a canção e de fazermos o gestos de sacudir as mãos (no porom pom pom) ela me disse:
- Certa vez, eu fui lá na EBF, eu era uma criança, você estava lá na frente cantando essa música. Você me chamou e eu cantei essa música com você e eu nunca mais me esqueci dela.
Então eu a abracei e agradeci por àquele depoimento.
Queridos, vale  muito a pena investir nas crianças. Vale muito a pena levar a mensagem de Jesus para elas. Suas vidas sempre serão marcadas por esses ensinamentos e no tempo certo a semente que ficou em seus corações germinará. Através dessa canção, àquela jovem senhora guardou em seu coração que ela nunca estará sozinha, pois Deus sempre estará perto dela.
Nós nunca estamos sozinhos, Deus é o nosso eterno companheiro.
De uma maneira muito especial eu marquei a sua vida. Que todos nós possamos marcar as vidas das pessoas que nos cercam, principalmente das crianças e que nossas vidas, palavras, ações e atitudes possam aproximá-las de Deus.

Um abraço carinhoso,


Débora José Rodrigues


Coisas de escola

Dizem que a primeira professora a gente nunca esquece, mas eu quase não lembro da minha. Mas a segunda, essa não sai da minha mente e coração. Vírgínia. Era esse o seu nome.
Ela foi a minha professora maluquinha, sempre lembro dela levando muita alegria para a sala de aula e tornando nossas aulas a mais prazerosa de todas. Além disso, dividindo com todos os doces que comprava, nos dias em que não havia merenda na escola.
Mas o que mais está fixo em minha memória é algo que eu não sei se é real e se faz parte da imaginação da minha infância. 
Eu fecho os olhos e parece que volto ao tempo de 1978 ou 1979, não sei ao certo. Nossa professora dando aula pra gente com toda empolgação que sempre teve, quando de repente surge dentro sala, trazida pelo vento, que atravessa nossas janelas, a canção tocada em algum rádio de nosso bairro,  "Casinha Branca". Nossa amada professora simplesmente congelava e ficava ouvindo, curtindo e sonhando com bela música que era grande sucesso nesta época. E todos nós, alunos, parávamos nossas atividades e ficávamos ouvindo a mesma música e viajando nos pensamentos dela.
Se realmente isso acontecia, eu não posso garantir só sei que esta música faz parte da minha vida desde a minha infância e ela tem sido o meu sonho, meu desejo, minha realidade e minha volta ao passado.  
Se você não conhece te convido a ler esta belíssima letra, se desejar pode ouví-la também:  https://www.youtube.com/watch?v=NxAQiSzLREI
Casinha Branca (Gilson)
Eu tenho andado tão sozinho ultimamente/Que não vejo em minha frente/Nada que me dê prazer/Sinto cada vez mais longe a felicidade/Vendo em minha mocidade/Tanto sonho a perecer
Eu queria ter na vida simplesmente/Um lugar de mato verde/Pra plantar e pra colher/Ter uma casinha branca de varanda/Um quintal e uma janela/Para ver o sol nascer
Às vezes saio a caminhar pela cidade/À procura de amizades/Vou seguindo a multidão/Mas eu me retraio olhando em cada rosto/Cada um tem seu mistério/Seu sofrer,sua ilusão

Eu queria ter na vida simplesmente/Um lugar de mato verde/Pra plantar e pra colher/Ter uma casinha branca de varanda/Um quintal e uma janela/Para ver o sol nascer

Um beijo com gosto de saudade


Débora José Rodrigues

sábado, 22 de novembro de 2014

Como pode uma filha de pescador que não come peixe?

Alguns dizem que eu não gosto de peixe porque comi vários na minha infãncia, então enjoeei. Mas isso não é verdade, desde que eu me entendo por gente, eu nunca gostei muito de peixe. 
Isso não quer dizer que eu não coma, mas não sou fã. Eu amo frutos do mar, mas peixe, não é minha praia,rsrsrs. A não ser que seja um rabo, (exatamente o rabo, a parte mais fininha, mesmo) e bem frita do peixe espada ou então, o meu delicioso 'peixe-porco', frito, sempre frito.  ( qeu desculpem as nutricionistas de plantão,kkkk). Quando meu pai pega esse peixe, eu mesmo tenho o prazer de tirar o couro, limpá-lo, temperá-lo com bastante alho e fritá-lo, para comer sozinha.
Aqui no Maranhão, onde estou morando, atualmente, também, provei o tambaqui  e o tucunaré, fritos, é claro, aprovadíssimos, por mim.
Mas, não me venha, com outros peixes, que eu não estou nem aí. Nem me venha, com nenhum desses peixes que eu citei, cozidos ou com molho por cima, naaaaaaaaaaaa (como dizem os carolinenses),  que eu tô fora, não como de jeito nenhum.
O meu problema está no meu pai. Ele é pescador, sim pescador mesmo. Essa foi a sua primeira profissão, que ele mantém até hoje. Então lá em casa, tem peixe fresco o ano todo. Mas, ele me enche a paciência. "Isso é um absurdo, uma filha de pescador que não come peixe, como pode ser isso, você está desonrando minha profissão, isso não é aceitável." Ele sempre me dizia isso ou mais ou menos isso, kkkkk.  
Até que um dia eu lhe disse que eu não comia peixe, pois tinha sofrido trauma intra uterino. É sério!? Isso mesmo, trauma intra uterino, isso é científico, sabia?
Minha mãe, quando estava grávida dessa que vos escreve, quase não comia direito. Então, minha vó paterna (Judith) , sabendo que minha mãe gostava muito de peixe ensopado, leva pra ela uma porção de peixes, com pirão. Minha mãe caiu de boca, (foi com muita sede ao pote, rsrsrsrs), quando viu o que minha vó levou pra ela. Porém, uma danada de uma espinha atravessou a garganta de minha mãe. Ela bebeu vários litros de água, comeu quase 1k de farinha (segundo ela, kkkkk) e nada da espinha sair.
Minha vó ficou deseperada: "Meu Deus, o que eu vou fazer, Nandi ( apelido de Ernani , meu pai), vai me matar. O que eu  fiz e se Linda perder a criança, meu Deus. (Já pensou se eu tivesse morrido, o mundo teria perdido a melhor Débora da face da terra, kkkkk)
Minha mãe foi parar no hospital, tiveram que usar uma pinça para arrancar àquela espinha de sua garganta. "E eu lá, dentro do útero de minha mãe sofrendo tudo isso. Tenho ou não tenho razão de não gostar de peixe, eu sofri demais, quando ainda nem tinha nascido, esse trauma, eu carrego desde do ventre de minha mãe, poxa pai, tenha pena de mim." Eu sofri demais.
E com essa maravilhosa explicação, eu convenci meu pai a não me pertubar mais com essa ideia de que uma filha de pescador, tem que comer peixe, certo? 
Inté pessoal,

Débora José Rodrigues

Início de tudo....Por que criar esse blog?

Como eu já tenho 44 anos, 25 anos de trabalho na educação, 38 anos de evangelho, mais de 30 viagens missionárias para lugares diferentes do meu Brasil, bem como Argentina e Paraguai, eu tenho muitas histórias para contar. Às vezes lembro de algumas dessas histórias e conto para ilustrar alguma situação vivida aqui no Instituto Batista de Carolina. A Jaceane ( secretária) começou a brincar: histórias que Débora conta. Daí as pessoas, entraram na brincadeira, histórias que Débora conta.com.br. (Não é Francione, Alana, Herkson e Jacy, kkkk.) Surgiu então a ideia, criada por eles, de eu montar um blog ou escrever um livro. Então aqui está o blog: